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Café Cinematográfico: Laranja Mecânica


Na última quinta-feira, dia 20 de abril, recebemos como temática do Café Cinematográfico o filme “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick, exibido e comentado pelo professor George França. Abordada as “perversidades” mascaradas de bom moço – ironicamente falando -, pelo protagonista Alex, e pondo em pauta as obras do famoso e polêmico cineasta.

O tradicional café da Confraria foi aberto às 18h15 para que os confrades pudessem interagir entre si e dar início ao leque de conversações que os levaram a esperar ansiosamente pelo momento do filme.

Laranja Mecânica é uma obra na qual centraliza seus principais assuntos em: violência e um governo totalitário. O ápice da noite não foram apenas as inúmeras discussões nas quais os confrades puderam questionar-se, mas de fato a história perturbadora e surreal na qual não só o personagem Alex passa, mas toda relação entre ficção e realidade, que fez com que todos pudessem manter a concentração do início ao fim.

Alex faz parte de um grupo de adolescentes, que praticam – e claramente se divertem com isso – uma série de crimes, como roubos, espancamentos e por mais assustador que pareça, até mesmo estupro. Evidentemente não há um motivo esclarecedor para tais atos, porém isso parece divertir os garotos, que acabam por praticar maldade por mera diversão. Nosso protagonista acaba passando por um “tratamento” após ter sido preso, tratamento de certo modo questionável, mas que “aparentemente” era uma solução para moldar as pessoas na visão na qual a sociedade julgava correta e aceitável.

A obra foi apresentada na sala “Laboratório de Linguagem” e antes mesmo de iniciar o filme, já podíamos observar a espera e a ansiedade pelo “clássico”. Durante, ouvíamos o agito de uma possível revolta e as incertezas de atitudes demonstradas durante algumas cenas. O professor George elaborou discussões inquietantes, e os confrades presentes participaram de modo com que fora revelado a curiosidade e o interesse em entender o mundo grotesco de Alex, seus amigos e inclusive as táticas do governo.

O que mais gerou balbúrdia na cabeça dos confrades era a razão de Alex agir dessa forma, o que de fato o levou a praticar todos esses crimes. Qual era a intenção de “cura” do governo? O que o governo queria? Ficou clara a notoriedade e o destaque que a mídia levava, tudo dito e publicado, era uma verdade. Nossos confrades debateram e tentaram estruturar suas hipóteses para poder compreender a complexidade da obra.

Impossível negar que apesar de nos trazer um forte roteiro, rateado de características peculiares, esta obra conseguiu fazer com que todos pudessem entrar na dinâmica e contexto do filme.


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