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Café Literário: Beckett - George França, Eduardo Costa, Victor Hugo, Augusto Honoratto 25/08/17


Um silêncio pairava pelo Laboratório de Linguagens, a sala escureceu e apenas víamos um feixe de luz. Fomos transportados a um cenário onde víamos a sombra de uma árvore. Duas pessoas entram na sala rompendo aquela tensão. De repente não estávamos mais no Lab. Linguagens e sim no meio do nada... Escutando um diálogo de duas pessoas que esperavam alguém... Alguém que nunca chegou, chamado Godot.

E assim iniciamos mais um Café Literário, os alunos Victor Hugo e Augusto Honoratto representaram a peça “Esperando Godot”, de Samuel Beckett, para introduzir um tema que pairou durante todo o evento: O que é o absurdo? Ou seja, o teatro do absurdo, no qual Beckett é A referência.

George França, professor de literatura e pesquisador do Colégio de Aplicação da UFSC, contextualizou a obra e a vida do autor de uma forma tão didática, que certamente muitos saíram daquela Confraria com uma pulguinha atrás da orelha para ler outras obras do autor. A biografia de Beckett e um pouco da história de suas obras, como elas foram recebidas pelo público e o que elas significaram naquele momento. Assuntos abordados também pelo professor.

Da mesma forma, o PIBIC Eduardo Costa conduziu a explanação de uma das obras do autor, chamada Fim de partida que se passa em um cenário pós-apocalíptico, um abrigo que possui 4 moradores, todos eles constroem uma relação de interesses e exploração. Tal peça também está carregada de humor negro, e é essa a ponte que o Eduardo trouxe para nós.

Afinal, Backett tem um estranho talento de nos fazer sentir um incômodo no estômago, ao mesmo tempo em que soltamos risadas com seus diálogos carregados de humor, pois como diz um dos personagens de Backett: “nada é mais engraçado do que a infelicidade” (personagem Hamm, da peça Fim de Partida).

As intervenções conversaram perfeitamente durante o nosso encontro, trazendo uma troca muito rica e dinâmica do assunto. O público teve contato com esse grande autor da literatura do absurdo e esteve imerso na dúvida do Talvez. E outros temas como a morte, vida, pós-guerra, solidão, atualidade humanística e politica.

E assim, apagamos as luzes e voltamos para baixo daquela árvore seca, em uma paisagem pobre e sem referências... Estamos todos à Espera de Godot.


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