Café Literário 'Poéticas de Resistência: o hífen da poesia" e aniversário do Projeto
O evento do dia 13 contou com a comemoração do aniversário de três anos da Confraria Literária. Para começar a festa, a aluna Gabriela do Nascimento cantou algumas músicas para o público e logo em seguida o aluno João Paiva, do sétimo ano B, fez um show de mágica que surpreendeu os espectadores. Uma das surpresas da noite também foi a apresentação do bolsista Otávio Francisco, que mostrou aos confrades o processo de produção da nova identidade visual da Confraria e abriu a votação para que todos escolhessem qual seria a nova cara do projeto.
Para a festa ficar completa, foi a vez do parabéns. Os quase 80 convidados assistiram a um vídeo de aniversário, com algumas fotos desses três anos de projeto, e logo depois o confrade Thor, um dos alunos que ajudou a fundar a Confraria, e a Professora Arlyse assopraram as velinhas e cortaram o bolo.
Para a noite ficar ainda mais especial, tivemos o encontro Poéticas de Resistência: o hífen da poesia, que aconteceu propositalmente no dia 13 de maio, data da Abolição da Escravatura no Brasil e dia dos Pretos Velhos. Os convidados da noite foram a Professora Maristela Campos e o Professor Sandro Rosa ( Duo Às Próprias Custas) que encantaram os convidados com músicas e poemas que contavam desde a trajetória dos escravos para a América até às desigualdades pelas quais os negros passam ainda hoje.
Algumas das músicas e alguns poemas foram narrados inteiramente em inglês, idioma original, para que nada fosse perdido na tradução. My name is Phillis Wheatley foi uma dessas obras não traduzidas, e com certeza uma das mais emocionantes leituras da noite. O poema conta a história de uma criança, Penda Wane, que foi capturada por traficantes de escravos no Senegal, com apenas sete anos, e recebe um novo nome ao ser comprada por uma família de New Boston, um ano depois.
Com a leitura é possível sentir a angústia da personagem ao perder seu próprio nome, a sua identidade, suas raízes, algo que aconteceu com praticamente todos os negros escravizados. “Phillis”, my master said. “Your name isPhillis” (...) Could I a young child dare to say “that´s not my name”. (...) I could say a word,I simply stood and stared but my ears had heard and my heart burts in tears. Após a apresentação do Duo, todos foram convidados para participar de um bate papo sobre os assuntos discutidos.
Com um grande número de confrades e muita festa, os eventos do dia 13 entraram para a história do projeto.
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