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Café Literário: Confraria Azul sobre a obra de Shirley Vilhalva


"Formando o mundo pelos olhos" - Despertar do Silêncio

​​Setembro foi embora, mas deixou bonitas lembranças na Confraria Literária. O mês que passou é mundialmente comemorado pois é repleto de datas significativas que refletem a história de lutas e conquistas da Comunidade Surda. No Brasil, também temos uma data especial: o Dia Nacional do Surdo (26/09). Em homenagem a esse dia, nosso projeto realizou, em parceria com a disciplina de Educação Especial, a Confraria Azul sobre a obra da autora Shirley Vilhalva.

A responsável por comandar o encontro foi a aluna Mariana Solano, do 9° ano do Colégio de Aplicação, juntamente com a professora de libras, Geisielen Valsechi, que fez a primeira fala da noite. Ela explicou para os confrades a importância do setembro azul e como ele surgiu.

Geisielen também fez uma proposta: criar um sinal que representasse a Confraria. Não entendeu? Explicamos. É muitas vezes trabalhoso ter que soletrar nomes em Libras. Por isso criam-se sinais específicos para pessoas, por exemplo. Para que o nosso sinal pudesse ser pensado, os bolsistas Carol Gómez e Otto Francisco fizeram uma breve apresentação contando como surgiu a Confraria e como foi pensada a nova identidade visual do projeto. A partir disso, um concurso foi aberto; qualquer um presente poderia propor um sinal que seria avaliado por uma comissão (formada pela pela Mariana Solano, professora Geisielen e a aluna Sofia, dos anos iniciais). O resultado seria divulgado no final do encontro.

Aluna Mariana Solano e ao fundo Shirley Vilhalva

Não bastasse a presença de pessoas tão especiais, a Confraria ainda recebeu um vídeo da autora Shirley Vilhalva, que escreveu o livro Despertar do Silêncio, que contou como estava feliz e como era importante que o assunto estivesse sendo discutido. Após a apresentação do vídeo, a aluna surda Mariana Solano tomou as rédias do encontro. A partir de frases do livro que foram distribuídas aos confrades, Mariana foi criando um debate, uma conversa sobre as dificuldades de ser surda e também da importância de receber um tratamento igualitário.

Engana-se quem pensa que foi apenas a aluna Mariana que conversou com os confrades. A pequena Sofia, dos anos iniciais, também se fez presente. Cheia de coragem, Sofia contou para todos a história de uma árvore surda. Narrado em Libras, o conto fala sobre um lenhador que quando ia derrubar uma árvore sempre gritava "madeira!". Certo dia, ele tentou derrubar uma nova árvore, mas nada dela cair. Por quê? Ela era surda e não podia escutar o homem gritando "madeira!". Foi apenas quando ele usou a linguagem de sinais que a tal árvore pode entender o que ele estava dizendo. Apesar de simples, a história da árvore surda narra a importância da inclusão e faz com que as pessoas possam refletir sobre a importância das Libras. O encontrou foi encerrado com falas emocionantes das alunas, de mães de alunas e também professores. A Confraria Azul foi muito mais do que um evento, foi um momento de consciêntização e de muitas emoções.

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